SINOPSE: Uma caixa de sapatos é enviada para Clay (Dylan Minnette) por Hannah (Katheriine Langford), sua amiga e paixão platônica secreta de escola. O jovem se surpreende ao ver o remetente, pois Hannah acabara de se suicidar. Dentro da caixa, há várias fitas cassete, onde a jovem lista os 13 motivos que a levaram a interromper sua vida - além de instruções para elas serem passadas entre os demais envolvidos.
Segundo dados de 2012 da agência da ONU, mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.
Começar essa resenha falando que precisamos conversar sobre suicídio seria clichê demais para um problema tão grave. Hoje vamos falar sobre uma série que foi além disso, que superou barreiras, que não se importou em florear as coisas, diminuir o impacto, dramatizar e seguir os padrões. 13 Reasons Why foi real, intensa, nua e crua, mas acima de tudo, foi humana - ou, quem sabe, mostrou a falta de humanidade.
Toda vez que venho aqui escrever minha opinião sobre algo que assisti ou li, tento ser o mais sincera possível e agora não vai ser diferente: quando assisti o primeiro trailer da série, imaginei que a história seria algo totalmente diferente.
Quando a Netflix lançou os 13 episódios na sexta 31, demorei para resolver ir assistir e confesso, quando comecei o episódio piloto denominado "Fita 1, lado A", levei um choque vendo o que realmente a Netflix nos apresenta nessa série que, hoje eu garanto que é uma das minhas preferidas.
Hannah Baker era uma garota bonita, com planos após o Ensino Médio, estudiosa, que acreditava no amor verdadeiro, e que de repente vê sua vida virar um inferno ao sair com Justin Foley e acabar virando piada na escola após ter uma foto "intima" vazada.
E a partir dali, Hannah vira alvo de piadinhas machistas, comentários ofensivos que vão se agravando junto com acontecimentos que acabam levando-a a cometer suicídio.
A série nos apresenta um cenário tão conhecido pelos jovens que frequentam escolas, com bullying, preconceito, os alunos populares "zoando" os outros sempre achando que não é nada demais, e sempre esquecendo que toda ação tem uma reação e que as brincadeiras de mal-gosto podem causar danos mais sérios.
Nos mostra a realidade de várias jovens que são estupradas e nunca vistas como vítimas de um crime.
A série nos apresenta um cenário tão conhecido pelos jovens que frequentam escolas, com bullying, preconceito, os alunos populares "zoando" os outros sempre achando que não é nada demais, e sempre esquecendo que toda ação tem uma reação e que as brincadeiras de mal-gosto podem causar danos mais sérios.
Nos mostra a realidade de várias jovens que são estupradas e nunca vistas como vítimas de um crime.
"Você não precisa que o mundo te ame, mas merece que as pessoas te respeite, respeitem seus limites e suas decisões."
Clay Jensen. O garoto apaixonado por Hannah, por quem ela também foi apaixonada, quem está escutando as fitas e tentando entender o que aconteceu na vida de Hannah nas últimas semanas, querendo fazer justiça.
Sem querer dar muitos spoilers, mas já dando, Clay me passou uma imagem de personagem meio chatinho apesar de ser o protagonista. Ele corre atrás de todos os outros para saber o que fizeram, desiste mil vezes de ouvir o resto das fitas e poderia ter salvo Hannah.
"Você deve ter se questionado várias vezes se tem sido uma boa pessoa... preciso que pare de se perguntar e comece a ser."
A série gerou tanto assunto na internet logo após a estréia que, no Twitter, começaram a subir a tag #NãoSejaUmPorquê, pedindo para as pessoas terem mais consciência das coisas que falam, pedindo para quem passa por situações como a protagonista, que buscassem ajuda, perguntando o que você está fazendo para ajudar alguém. Pode haver uma pessoa do seu lado passando por problemas, pensando em cometer suicídio, e você, vai ajudar ou só ser mais um observador?
"Não há nada de errado em dizer que você precisa de ajuda."
Segundo o CVV, desde a estréia da série, os pedidos por ajuda e mensagens aumentaram em 100%. No Brasil, cerca de 32 pessoas se matam a cada dia. E com a prevenção é possível impedir 9 em cada 10 casos.
A história de Hannah foi ficção, mas inspirada e relatando a realidade de muitos jovens que não se sentem bons o suficiente.
Trazendo cenas chocantes e fortes, a Netflix conseguiu relatar a realidade de forma única, simples e real.
Produzida pela cantora Selena Gomez, 13 Reasons Why - ou Os 13 Porquês, no português - é baseada no livro de Jay Asher, publicado em 2007.
"Alguns de vocês se importaram. Nenhum se importou o suficiente. Nem ao menos eu me importei. E eu sinto muito. Esse é o fim da fita 13. Não existe mais nada para dizer."
13 Reasons Why faz um pedido de ajuda em nome de todos os jovens com depressão, só nos resta abrir os olhos e analisar nossas atitudes e ver no que podemos melhorar com nós mesmos e com os outros.
A resenha dessa semana não foi tããão repleta de spoiler assim, e sim mais informativa, para mostrar à vocês a obra prima que a Netflix nos oferece.
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